domingo, 31 de outubro de 2010

Quem sabe faz a hora!

A VI Edição do Festival Visões Urbanas está recebendo inúmeras criações de artistas de vários continentes que estão atendendo ao chamado, mostrando que o festival vêm ampliado seu alcance.
Isso é muito bom para a cidade, pois reafirma a regularidade do festival e seu potencial em permanecer no tempo. Se é bom para o festival é também para a comunidade artistica da cidade como um todo.
Ressalto que já ("quem sabe faz a hora!") estamos recebendo inscrições para participar da primeira turma do LEVANTE Centro Integrado de Artes e Dança em Espaços Urbanos, que ocorrerá de janeiro a março de 2011! Interessados devem procurar no blog do Levante: http://www.centrodedancanarua.blogspot.com para fazer sua inscrição.
Abraços à todos
mirtes calheiros

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CONVOCATÓRIA VI VISÕES URBANAS - ABRIL/2011

Estão abertas as inscrições para o VI Visões Urbanas - Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas.

O Festival Visões Urbanas é uma oportunidade para o encontro entre companhias e artistas, que realizam trabalhos voltados para espaços públicos e paisagens urbanas, trocarem experiências.

As propostas deverão ser enviadas somente pelo correio de 27 de setembro a 15 de dezembro de 2010. Não serão aceitas propostas com data de postagem posterior ao dis 15 de dezembro.

Endereço: Estúdio Artesãos do Corpo - Rua Dr. Veiga Filho, 176 / 62 - Bairro: Santa Cecília - São Paulo - SP BRASIL - CEP: 01229-000.

O projeto deverá conter:

1) Nome do grupo/companhia/artista, nome do responsável pelo grupo, teletone (fizo e celular), e-mail, site;

2) release do espetáculo;

3) ficha técnica completa com a duração do espetáculo e número de profissionais essenciais na viagem (no caso de companhias e artistas que não sejam da cidade de São Paulo);

4) necessidades técnicas (som, cenografia etc) , tempo de montagem e desmontagem;

5) histórico do grupo/companhia/artista;

6) vídeo do espetáculo na integra - só serão consideradas imagens colhidas em espaços públicos e/ou paisagens urbanas;

7) 4 fotos em formato digital (jpeg) acima de 300 dpi.

O festival acontecerá na segunda quinzena de abril/2011 e oferecerá aos contemplados: cachê, hospedagem, alimentação, traslados e apoio para transporte para grupos de fora da cidade de são Paulo.

O resultado da seleção estará disponível no blog: http://www.festivalvisoesurbanas.blogspot.com/ a partir do dia 20 de janeiro de 2011.

Maiores informações:

f: 5511 3667-5581
e: contato@ciaartesaosdocorpo.art.br

O festival é realizado desde 2006 e já contou com a participação de grupos e criadores de vários estados do Brasil e de países como: Portugal, Espanha, Cuba, Argentina, Uruguai, Alemanha e Bélgica. A edição de 2011 terá a curadoria de Mirtes Calheiros e Ederson Lopes.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Vem aí a VI edição do Festival Visões Urbanas!

A VI edição do Festival de dança em paisagens urbanas Visões Urbanas vai lançar até o final do mês de setembro sua convocatória para que os grupos interessados apresentem seus trabalhos.

Enquanto isso, passados quatro meses da última edição vemos que a discussão sobre espaço público e as manifestações artísticas nas ruas de São Paulo não só não avançou como caminha a passos largos para trás, caso os órgãos públicos continuem insistindo em tratar manifestações artísticas no espaço público como incômodo!

Dois lugares distintos chamam a atenção pela maneira como encaram o lugar de todos, o lugar comum: as megas cidades de Istambul e São Paulo. Uma possibilita a seus moradores todo o conforto para poderem ficar nas praças e ruas, mantendo bancos, jardins, fontes em rico funcionamento. A outra, nossa São Paulo, possui cada vem menos possibilidades de utilização.

Nesse ultimo final de semana houve no bairro da Liberdade que todos conhecem, uma comemoração dos 41 anos da configuração atual do bairro. Haviam propostas de apresentações, uma palco foi armado e muitas barracas de comida ocupavam as calçadas. Mas e as pessoas?
Haviam lugares para ficar? Não. Só para se manter em movimento, ou seja, andando. Mas como comer? Com o prato na mão e agachados na calçada imunda? E como possibilitar que pessoas mais idosas ou crianças pudessem ver algo espremidos na multidão? Sem nenhum conforto as pessoas se ocupam de comprar quinquilharias. Isso não é festa e muito menos arte. Valeu a iniciativa, mas ainda temos muito a aprender.

Estive em Istambul em agosto e fiquei muito impressionada como a população da cidade ( que aliás, equivale a de São Paulo) se vale da cidade como abrigo, lugar de estar, de comer, de ouvir musica, de assistir a shows ao ar livre (que ocorrem todas as noites em palcos cujas platéias ficam sentadas em arquibancadas permanentes) em coretos, com pipoca, milho, castanha torrada, maçãs, nozes, tudo perfumando a cidade.

Adorei Istambul: cidade cheirosa e com trilha sonora (as gaivotas e o som das mesquitas dão um tom misterioso a cidade com seu vai e vem de barcos e rodeada pelos mares), com sua bandeira dançando com o vento.

Todo acontecimento em São Paulo equivale a dizer que as pessoas não vão ter onde parar para apreciar o que está acontecendo, para sentar e poder descansar a sombra de uma árvore (que árvore? o serviço de poda e remoção funciona a pleno vapor) e poder olhar a cidade de outra forma.

Bem, aí vem mais uma tentativa de fazer a cidade contar outras histórias que não as de violência e esperamos poder proporcionar condições para que as pessoas parem e vejam artistas que se preocupam com o meio urbano e levam para as ruas arte e descanso para o olhar

mirtes

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Grito

Esse espaço nasceu para falarmos sobre o festival Visões Urbanas e consideramos que falar da cidade de São Paulo é falar sobre o festival, afinal as criações que são realizadas pelos artistas que se apresentam anualmente no Visões Urbanas têm nas ruas das cidades inspiração e suporte para seus movimentos.
Infelizmente, as últimas notas têm sido uma mistura de denuncia e desabafo sobre o descaso a que a cidade de São Paulo está submetida, fato esse que influencia diretamente a realização de ações artísticas.
Mas, mais que o descaso das autoridades o que mais surpreende é a indiferença da população que sofre na pele os efeitos de uma cidade caótica como a nossa. Será que as pessoas perderam a capacidade de ouvir, cheirar e olhar? Sim, porque parados a espera de que um farol abra, você está sujeito ao escapamento de caminhões lançados diretamente em seus olhos e nariz, além de seus ouvidos serem atingidos pelo barulho ensurdecedor dos motores. Mas não vejo ninguém reclamar ou fazer sequer menção de tapar o nariz, uma vez que nossas vidas têm sido abreviadas em mais de 5 anos por conta da poluição. Ninguém se move, ou sequer manifesta um incomodo. É impressionante!
Essa pasmaceira leva portanto ao acomodamento à uma situação em que o descaso da prefeitura pode correr solto. Violência não é só o roubo. Ela se manifesta de várias formas e a agressão se dá na maneira sem educação que motoristas se comportam no trânsito, ao ruído absurdo dos caminhões e ônibus (destaque para os odiosos carros fortes em que os motoristas param em qualquer lugar da cidade para fazer a "siesta" e deixam os motores ligados - viva o dinheiro!!) e lógico pelas motos que fazem o que querem.
Então eu grito - isso mesmo - grite cada vez que alguém não respeitar a faixa de pedestres. Cada vez que alguém passar com o farol vermelho. A cada baforada de fumaça que você receber, a cada carro forte que emporcalha a cidade. Gritem para ver se as pessoas acordam e comecem exigir seus direitos : ao sono (a prefeitura autorizou Sabesp, Congás e Telefônica a furar a cidade na hora em que bem entender), ao ar e às ruas - poder andar pelas calçadas sem ser atropelado por motos (e agora bicicletas de entrega andam pelas calçadas na maior velocidade). Faça cena, como dizem. Quebre a modorra em que estamos vivendo.
Ah- mas você vai dizer que gritar é fazer barulho, não vai? Considere isso como um recurso para unir forças e mostrar com ações in loco o que está acontecendo nessa cidade para dar coragem a mais e mais pessoas se manifestarem. Pode ser algo como: Olha o Farol! Em alto e bom som para o motorista ouvir. E se vários gritarem ao mesmo tempo o motorista vai lembrar disso. Olha a faixa de pedestres! Olha a fumaça! Socorro estou sufocando! Não buzine!!! E por ai vai.
Com os votos de bom grito
Mirtes

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Barbárie

Estamos sempre a procura de lugares em São Paulo que possam receber o Festival Visões Urbanas, além do já consagrado Pateo do Collegio. Às vezes encontramos locais que também poderiam receber os artistas, mas o descaso, sujeira, barulho e exigências cada vez maiores por parte da prefeitura para realizarmos um apresentação artistica, nos faz pensar se ao invés de realizarmos um festival cultural não deveriamos realizar uma partida de futebol. Sim, porque torcida organizada nas ruas em dias de jogo já existe. Os botecos da cidade colocam nas calçadas tv´s e logo as mesas se espalham deixando pouco ou quase nada de espaço para quem quer passar e lá em altissimo e bom som, gostando ou não, querendo ou não, vc pode se sentir em plena arquibancada de uma partida dos times mais acirrados. Palavrões, gritos de guerra e baixarias de toda a espécie acontecem sem que nada nem ninguém faça valer o bom senso, afinal, quem foi que disse que tvs podem ser colocadas nas calçadas para transmitir jogos até meia noite? e a sujeira? As calçadas que pertencem a esses locais são imundas, manchadas de gordura e os canteiros, se é que existem, pois eles vão logo pedindo para podar árvores com a desculpa que tá caindo, são depositos de bitucas de cigarro e restos de comida.
Se vc pensa que isso acontece na periferia está redondamente enganado: Higienópolis tá bom pra vc? è um bairro considerado bom o suficiente para vc pagar altissimos impostos? Então. Nesse, nas ruas Veiga Filho com São Vicente da Paula, tem um perfeito exemplo dessas pocilgas que só prestam pra juntar pessoas que só sabem se comunicar aos berros e com palavrões.
É mais uma das perguntas que faço: que lei é essa que é complacente com a bebida, como o futebol , com businas, poluição extrema e que não presta a minima atenção aos acontecimentos artisticos que tanto poderiam contribuir para aliviar a violência, dureza e falta de cultura dessa cidade?
Mirtes

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Má Educação

Mais um mês de agosto e temos que testemunhar a lamentavel orgia a céu aberto que os alunos do Mackenzie promovem nas ruas do bairro Santa Cecília e Higienópolis. Refiro-me ao trote que tanto vêm causando danos morais e fisicos àqueles que à ele se submetem e que são olhados com tanta complacência por parte dos diretores das universidades, professores, pais e sociedade em geral, inclusive a policia. Aposto que se os atores dessa barbárie fossem negros e pobres já teriam sido fortemente repridos.
O meio urbano, um dos motes desse blog, quando ocupado por artistas sofre sérias restrições. A prefeitura nos impõe centenas de documentos e fiscalizações e a população muitas vezes não oferece nem um segundo de sua atenção, nem moedas (é óbvio que os artistas não querem esmolas e sim uma política pública que considere e apoie a arte urbana), como o fazem aos os estudantes que usam para beberem até cair pelas calçadas.
Até quando?
Hoje, dia 4 de agosto de 2010 as ruas do bairro estão sujas pela tinta que são jogadas no corpo dos pupilos da faculdade e de garrafas de vidro jogadas pelo chão. Uma triste imagem do que vem pelo futuro: pessoas que se submetem e gostam de serem torturadas. Sim, pois isso é humilhante: ficar rasgado e bêbado pelas ruas.
Pergunto: por que essa prática selvagem é permitida pela faculdade, autoridades e a sociedade não a rejeira veementemente? Afinal, trata-se de violência pura e simples: violência contra o corpo, contra quem passa e contra o meio ambiente. QUANTOS MAIS VÃO MORRER ATÉ QUE ISSO SEJA CONSIDERADO CRIME?
Porque eles são estudantes? De quê? E para quê?
Essa semana li que os médicos querem ganhar R$ 15 mil por mês. Ótimo. Eu também quero! Todos querem. Mas hoje, para mim é mais importante o lixeiro- esse sim- se não trabalhar....sabemos que a cidade ficará soterrada no lixo não só pela falta de educação do povo, como pelo consumo desenfreado.
A cidade passa a mão na cabeça de estudantes equivocados e não obriga a dita faculdade, que aliás ocupa e muito o bairro, a cumprir suas obrigações e uma delas - a de ensinar civilidade a seus aluninhos.
mirtes

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A V Edição do Festival Visões Urbanas deixou inumeras possibilidades de reflexão sobre a dança em espaços urbanos. Espero que o incentivo para novos grupos buscarem a urbe como mote de suas criações também.
Enquanto isso, a VI edição está sendo gestada. O tempo de fazer compota acabou.
Nossa disposição é a de realizar a VI edição com criações feitas para a rua, instalações e a mostra de video dança.
Para isso precisamos da certeza de apoios.
Que comecem os trabalhos para a realização da VI Edição do Festival Visões Urbanas na cidade de São Paulo em abril de 2011!
Abraços a todos
Mirtes

quarta-feira, 16 de junho de 2010

tempo de fazer compotas

o sol aparece e aquece um pouco o que sobrou do frio noturno, mas só até entardecer quando novamente o frio volta e ...tempo de fazer compotas. É isso que diz minha amiga Nicia : o frio é tempo para fazer compotas. E fazer compotas é também colher o que o verão nos deu, e moer, mexer e remexer, escaldar recipientes e guardar para que durem por muito tempo.
O Video do V Visões Urbanas já está na rede! www.youtube.com/watch?v=rfZpWtIX0bs
Laboratório CISCO mais uma vez trabalhou com sensibilidade para captar o espírito do festival.
Eu vou ver e rever...enquanto faço compotas e cuidadosamente preparo os próximos levantes ..na rua lógico!
mirtes

quinta-feira, 27 de maio de 2010

VIRADA, VIRAÇÃO, VIRADOR


O que é pior?
Colocar num só dia um monte de artistas se apresentando do jeito que der, ou seja -se virando, um por cima do outro e gastar nisso uma verba que daria para engrossar o caldo ralo dos editais já conquistados durante o ano todo
ou
não reconhecer que faltam pessoas preparadas para lidar com acontecimentos culturais e parar tudo, até termos teatros e locais em condições de receber a arte em todas as suas manifestações e formar pessoas que respeitem os artistas e saibam diferenciar uma manifestação de outra - um show de rock tem necessidades especificas que uma apresentação de dança-teatro não tem.

Que não tenhamos programadores de ocasião, eletricistas de ocasião, iluminadores de ocasião, contra regra de ocasião, motoristas e seguranças de ocasião, só pra ganhar uns trocados e depois nada. O resto do ano os teatros mofam, o cupim come, os refletores voltam para as mãos dos terceirizados, bem como os equipamentos de som. Ficam os urdimentos ( quando existem) rotos, as madeiras podres e as poltronas poidas. Fica tudo às moscas. Sem manutenção, sem verba, sem vontade, sem dignidade.

Mas... o ano que vem..a virada volta! e os lanchinhos com formiga reaparecem, os salões de cabeleireiros se enchem, pois nós organizadores temos que nos apresentar bem. E as recomendações se repetem: nada de atrasos viu? Artista é tudo folgado- não dê moleza. Meia hora entra uma apresentação e outra dá muito bem pra eles arrumarem tudo. A gente abre a porta e eles que se danem. A virada é assim. Eles tem que colaborar. Quer o quê?

A total falta de entendimento do que é arte ou a total falta de politicas publicas de longo prazo andam juntas. Em Paris (desculpem o exemplo, mas dizem que a virada se inspirou nas Noites Brancas) esse dia é um dia de congrassamento da arte e de seus organizadores, pois as politicas publicas são de longo prazo e quando muda o prefeito não mudam aqueles que trabalham com a cultura.

No interior de São Paulo ou na capital as cenas se repetiram. O publico não sabe dos bastidores, mas não dá pra continuar assim.

A Virada Cultural tem que respeitar os artistas que se apresentam na rua ou nos palcos. É preciso oferecer condições mínimas para que as apresentações aconteçam de forma segura.

Em Bauru havia tantos enganos que iam da mais pura desorganização até a mais efetiva falta de segurança: fios aos montes expostos nos palco e cobertos com tapete(!) , refletores em quantidade esquentando o palco de forma absurda e ligados em potência máxima deixando a platéia no claro. Isso para resumir o que foi a experiência da Cia Artesãos do Corpo com Cordeiro no palco de Bauru. Outros artistas se recusaram a continuar suas apresentações ou perderam a paciência com o despreparo daqueles que estavam lá pra desorganizar a viração.

E "eles" seguem incontinentes com a viração: nos convidaram para apresentar duas peças para espaços urbanos no Circuito Cultural Paulista. Até ai tudo bem. Mas sabe como? uma atrás da outra no mesmo dia e hora! Ao questionarmos a secretaria de estado da cultura ouvimos: tem que ser assim. E a arte? E os vídeos que mandamos mostrando como é cada peça? Como podemos apresentar uma peça atrás da outra? a gente poderia, na picaretagem. Isso os Artesãos não fazem. As apresentações foram canceladas...

E depois vêm os números das viradas. Êta que São Paulo tá virando gente!!! virando na rua, nos palcos. Tudo vira. Vamos virando sim..... um bando de picaretas se essa politica continuar.

Eles não sabem o que é o trabalho para a rua. Acham que é mais fácil, mais rápido e não precisa de nada. Nem de um antes, nem de transporte digno, nem de condições técnicas que vai de água até ter por perto um organizador responsável. Esses enganos está contaminando outros festivas. Os viradores estão fazendo carreira.

O Festival Visões Urbanas jamais deixou de receber os participantes de forma condigna, mesmo quando foi realizado sem praticamente verba nenhuma. Sabemos que peças vão ser apresentadas e o que os artistas precisam para realizá-las. Conhecemos as musicas de cada grupo e como eles se deslocam. Estamos presentes o tempo todo que dura o festival, bem como nossa equipe que é composta por artistas da companhia o que faz muita diferença. Ainda estamos aprendendo e queremos melhorar em muitas coisas, mas depois de vermos a virada nos orgulhamos de termos tão poucos recursos e recebermos os participantes tão bem.
Outra diferença é que nos dedicamos à isso o ano todo e não em dois dias apenas.

A cultura está precisando urgentemente de pessoas que, trabalhando nesses eventos, entendam que sua função é promover a arte e não cumprir tarefas como se fosse um burocrata. A cultura precisa de técnicos que não durmam no fundo dos teatros . De seguranças (já que estão lá) que entendam que um banco é diferente de um teatro. De especialistas em palco, luz e som para arte que é diferente de show. De profissionais que saibam lidar com os equipamentos dos teatros. Enfim. De pessoas especializadas para dar o suporte artístico necessário para cada trabalho.

Há muitas maneiras de matar a arte. Não dar condições física de apresentação aos artistas é uma delas.

Mirtes

domingo, 9 de maio de 2010

ecos e vestígios




Ainda estão presentes no Pateo do Collegio os movimentos ali reazliados no V Visões Urbanas. As emoçoes que deixaram a cidade surpresa.
Muitas impressões ainda estão sendo escritas e queremos que o blog do festival permaneça vivo com opiniões, escritos, recados, sugestões,etc..
Sem cortar o fio da V Edição já começamos a tecer a VI edição e esperamos que os artistas tocados pelo festival estejam nas ruas das cidades em que moram criando, inventando e dançando a vida e os que foram pegos de surpresa nos enviem material para a próxima edição.
E que a imprensa em 2011 esteja mais atenta para a importância do festival para a cidade. Os profissionais de midia escrita que vieram colheram um material maravilhoso. MAs antenados mesmo estão os profissionais da mídia eletrõnica.
Só faremos a convocatória após temos certeza (sic) de apoio financeiro e isso ocorre muito perto do mês em que o festival acontece- ou seja- abril de 2011.
Por isso, notícias de pesquisas e criações em videodança e teatro dança para a rua são bem vindas.
Vamos nos manter conectados?
Abraços
Mirtes

terça-feira, 27 de abril de 2010

Você gosta de ver trabalhos onde o risco e a aventura estão presentes no momento de sua apresentação?

Gostaria de saber como foram tocadas as companhias européias que se apresentaram na V Edição do Visões Urbanas. Quais terão sido as reflexões diante de suas apresentações na cidade de São Paulo e após assistirem os grupos da América do Sul Uruguai e Brasil?
Sim, porque falando dessa edição especificamente, me parece que a disposição para a experimentação estava presente em todos os trabalhos apresentados pelas companhia que desenvolvem suas pesquisas abaixo da linha do Equador, ou pelo menos foi incluída a improvisação, admitindo os riscos que obras assim construídas pressupõem. Até porque eu não vejo outra maneira de se trabalhar na rua, com a rua e para a rua, sem incluir tais ingredientes (mas isso já é lá uma idéia minha).
A discussão está aberta: será essa uma característica necessária às criações para meio urbano? Seremos nós mais afeitos à experimentação uma vez que a rua não pode ser subestimada e seus pés tocarão pisos diferentes, toparão com trânsito de pessoas distintos, ventos fortes ou fracos?
Vocês podem me responder se quiserem : Ana Gastelois, Jorge Schutze, Jorge Garcia, Silvana Abreu, Mariana Marchesano,Viviane Hernandes, Paulo Azevedo, Margareth Kardosh e Vitor Costa.
Percebi que estruturas muito rígidas de cenografia e direção da movimentação acabam por tirar o prazer da rua, ou seja, o desafio de instalar sua obra em um local diferente a cada vez. Isso não elimina a belezura que trabalhos como os vistos nessa edição que continham essas características provocaram em suas apresentações: vide Irene K!
Pseudópodos é uma peça absolutamente "marcada", mas construída de forma especial que pressupõe momentos que estão inteiramente a cargo dos interpretes, desde colocação no espaço até a escolha e duração de seu movimento (estou certa Paulo?) onde não vi nenhum dos intérpretes deixarem de privilegiar os 360 graus que a rua possibilita. Até porque quem escolhe o lugar onde vai ficar é a platéia (sempre espontânea) e não o artista. Aqueles que teimaram em determinar onde ficaria o publico viram que isso é impossível em se tratando de trabalhos para a rua!
Uma Europa acostumada a manifestações artistícas durante o ano todo é muito diferente de uma cidade como São Paulo, em que ainda se xingam os artistas e consideram a arte urbana uma coisa de quem não tem o que fazer!
Por mais que tentemos explicar aos grupos internacionais quais as condições de trabalho que vão encontrar, é só no contato direto com a cidade que vão perceber isso. E acreditem- como eles gostam!
Considero que a V Edição do Visões Urbanas foi didática em muitos sentidos e um aprendizado para a organização e para a Cia Artesãos do Corpo.

Mas conversando com produtores de companhias, como a Provisional de Madri por exemplo, fiquei intrigada com suas declarações sobre trabalhos para a rua, um lugar segundo ele, em que o publico dispersa e a apresentação não pode ser controlada. Questionei-o: e no teatro pode? Quantas peças, muitas dos Artesãos, em que cenas improvisadas vão pro beleléu solenemente( Espasmos Urbanos - cena: Bussines), sendo essse risco parte integrante da concepção da peça?

Nós da direção do Visões Urbanas não pretendemos realizar nenhuma critica sobre os trabalhos, nossa idéia é abrir para discussão do que significa criar para a rua. A pergunta é PARA QUÊ você faz o que faz? E como vimos - por quantas maneiras belíssimas podemos criar para a rua!
Mirtes

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dia Internacional da dança ?!


Que bom seria se nos dedicassemos a dançar a vida, como sugere Roger Garaudy, assim sem hora marcada, sem regras, sem lugar definido. Assim. Deu vontade a gente dança.
Mas, já que fomos condicionados a pensar que para dançar precisamos aprender (aquilo que nascemos sabendo) então que venha o Dia Internacional da Dança, para lembrarmos que dança se faz a qualquer hora em qualquer lugar e que tem muitas pessoas se dedicando à dança nesse mundo, mais do que se possa imaginar.
Muitos se dedicam a ampliar as possibilidades dessa expressão. Tem gente - e acreditem, muita gente - que dedica horas e horas durante muitos anos de suas vidas a criar e recriar movimentos possibilitando que seu corpos dancem lindamente. Criaram-se escolas de dança, linhas de pensamento e ação, até universidades de dança. Mas dançar, seja lá através de que técnica for, quando libera sua alma é uma coisa só, é uma mesma dança e qualquer pessoa pode ser tocado por ela.
Antes de tudo o homem já dançava. Antes até de falar. Isso todos já sabem.
Mas precisamos reaprender que dançar pode ser feito da várias maneiras e o Festival Visões Urbanas defende a idéia de que podemos dançar nas ruas, num grande congraçamento da dança como arte.
Laban, disse que a maior contribuição de Jean Georges Noverre ( Nascido em 29 de abril de1727) para a dança foi ter colocado seus estudantes na rua , nos mercados e oficinas, para observar os movimentos das pessoas comuns e a partir dai ir em busca de uma movimentação menos afetada (como a da corte francesa) e em consonância com seus contemporâneos. Pronto! Noverre já deixa as bases para Laban desenvolver sua pesquisa de movimentos onde eles acontecem em sua maior intensidade - na vida das ruas!
Nossa proposta para uma grande comemoração para o dia da dança, 29 de Abril, é que tenhamos coragem de dançar a vida, em qualquer lugar e hora.
Propomos que as escolas tirem seus alunos da carteira e sugiram à eles que juntos realizem uma grande dança. Pode ser no páteo, na rua, conquanto que seja livre!

Mirtes

sábado, 24 de abril de 2010

Visões Urbanas 2011!


Foi assim que encerramos a V Edição do Festival Visões Urbanas - pensando na VI Edição!
O encontro entre os artistas participantes dessa edição, a troca de experiências entre aqueles que vieram com essa disposição, a escolha acertada das companhias com o objetivo de fornecer um panorama, ainda que parcial, do que está sendo feito como dança- teatro em paisagens urbanas, vai deixar saudades e nos estimula a repetir a dose.
Queremos para a VI Edição organizar uma agenda que possibilite ainda mais a permanência dos participantes durante todos os dias do festival a fim de que esse encontro entre os artistas e a cidade seja realmente possível.
A quase totalidade dos participantes que se apresentaram no Visões Urbanas puderam ver todos os espetáculos. Mesmo artistas de São Paulo que não estavam participando dessa edição vieram assistir às apresentações.
Cada companhia nos ensina algo de importante e trazem quer queiram, quer não, o espírito de sua terra.
A Projecto La Casa do Uruguai, deu mostras do espírito aguerrido que marca o grupo. U, nome do espetáculo, coloca na rua uma pesquisa de som no mínimo instigante. As duas companhias que trouxeram obras que contavam com interpretes com necessidades especiais ; a CIM de Lisboa e a D.I de Macaé, interagiram com a rua inteiramente e fizeram nossa respiração parar por instantes.
Passando por pesquisas generosas realizadas na e para a rua como Despacho da Cia Ltda de Jorge Schutze a trabalhos mais formais como o da Provisional e a Cia Irene K, pudemos continuar a reflexão sobre o que significa a rua e principalmente PARA QUÊ criar para rua.
A partir dessas apresentações, compreendi que mais do que criar especialmente para a rua, o importante é captar o momento mesmo em que está se apresentando. Isso requer abrir mão de fórmulas pré estabelecidas e observar o que está acontecendo naquele dia, naquela hora e assim escolher a melhor estratégia de apresentação, dividindo com o entorno, pessoas, fluxos e até os caminhos do vento, aquilo que foi preparado. Quem assim procedeu conquistou os passantes, os que vieram ver e até a guarda civil que ganhou de Jorge Schutze uma dança só pra eles.
Todas as companhias precisaram realizar esforços para virem para São Paulo, do desejo até a apresentação. Instalar suas criações num novo espaço, adaptar.se a impossibilidades diante daquilo que foi pensado e do que a rua oferecia efetivamente, pedia um grau máximo de boa vontade e compreensão da cidade que os acolhia. A todos agradecemos o empenho.
O Festival Visões Urbanas tem que continuar, pois nossa cidade precisa acolher a arte e respeitá-la, considerando a dança teatro em paisagens urbanas tão digna como a realizada em qualquer outro espaço.
O Pateo do Collégio confirma sua vocação para receber obras realizadas para espaços urbanos, mas ainda falta de outros órgãos públicos uma compreensão do que seja um evento e do que seja um festival artístico. São coisas distintas. Com um pouco mais de colaboração poderemos transformar o Visões Urbanas num festival que não fica nada a dever para os grandes festivais já consagrados.
Aprendemos muito com todos e com todas as dificuldades.
Pensar na VI Edição do Visões Urbanas é garantir espaços de reflexão dentro da grade de programação paralela ( Mulheres de Laban, Dança Inclusiva e Politicas públicas para dança teatro na rua), exposição de fotos de cidades que dançam nas ruas das grandes metrópoles, mostra de vídeo dança, reforçar a participação de companhias da América Latina, trabalhos de residência e co-produção e principalmente o encontro entre todos para que as despedidas e os até breve sejam como foram dessa vez: abraços que diminuirão distâncias para sempre.
Muito obrigado à todos por virem.
Mirtes

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Quatro imagens do primeiro dia - por Fabio Pazzini

Evo da B.K.Cie (Alemanha), U do Projecto La Casa (Uruguai), corpOuvido da Virtual Cia de dança (São Jo'se do Rio Preto - SP) e Beau de L'air de Ana Gastelois (Belo Horizonte - MG).
Até o dia 17 de abril, aproveitem para acompanhar a exposição do Fotógrafo Fabio Pazzini na Caixa Cultural da Sé (Praça da Sé,11) com imagens do repertório urbano da Cia. Artesãos do Corpo. Entrada franca das 09 às 21h.
A programação do festival segue até o dia 17 de abril.

domingo, 11 de abril de 2010

o que aprendemos no workshop?


A última imagem que guardei dos participantes do workshop dança em paisagens urbanas ou venha não fazer nada em 360º, foi melhor do que qualquer exercício proposto: já havia me despedido dos participantes. Comecei a caminhar e resolvi me virar para olhá-los novamente e estavam todos abraçados: abraço coletivo como gostamos de chamar nas experiências artísticas!
Pronto! isso já basta para mim: levamos afetos.
É isso que levaremos para nossas vidas. Mais que passos de dança, regras de teatro, uso do espaço, experimentaçãoes. Sem as pessoas não haverão trocas significativas. Sem disposição para olhar e ouvir o outro não haverá aprendizado e nem sentido.
O resto é lucro. E olha que eles se mostraram bastante dispostos a experimentar a rua que a cada dia se mostrou diferente apesar de estarmos no mesmo lugar.
Não fazer nada...bem isso, já foi outra história. Mas o pouco que experimentamos já foi suficiente para nos acalmar e nos desobrigar de qualquer grande movimento, de qualquer grande feito.
O desafio foi lançado: ficar sem fazer nada pra valer!
Eu não vou esquecer!
Quero agradecer ao Chico, à Renata , à Inaja, à Silvana e à Monica pelo carinho com que receberam minhas provocações sobre o nada e pelos movimentos que criaram a partir dai.
Ao nosso escudeiro Elder e ao meu sempre incansável Ederson idealizador do Festival Visões Urbanas.
Encontro todos no Pateo quarta feira as 10h!
Mirtes

sábado, 3 de abril de 2010

Workshop dança teatro em paisagens urbanas

"se o nada desaparecer a poesia acaba.Eu sei. Sobre o nada eu tenho profudindades"
Manoel de Barros -Poesia completa -Ed Leya


Muitos estão interessados sobre experimentar não fazer nada no workshop de dança teatro no Pateo do Collegio, mas não poderão vir pois estão com muitas coisas para fazer!
Que coisa não?
mirtes

quinta-feira, 25 de março de 2010

efemérides sobre a cidade

Uma das perguntas que mais ouço é qual a importância de um festival de dança teatro para a cidade de São Paulo.

Vou deixar aqui algumas efemérides para que cada um tire suas próprias conclusões.

- vivemos numa cidade em que a prefeitura autoriza a COMGAS, Eletropaulo, obras de Shopping a trabalhar durante a noite toda! Há dois meses que uma única rua(Dr Veiga Filho)é submetida ao barulho de britadeiras todas as noites. Às vezes eles fingem que não vêm, mas lá pelas duas da manhã uma verdadeira praça de guerra é armada e as britadeiras comem soltas até 5 ou 6 da manhã.
A policia diz que não pode fazer nada e os moradores acordam como zumbis no dia seguinte. Numa cidade onde encontros nas ruas não acontecem, onde vizinhos mal se conhecem, onde domina a cultura do medo, isolados, não conseguem impedir que a prefeitura perturbe e torture o descanso dos moradores.

- a cidade que optou pelos carros: sabe porque as obras são feitas à noite? para não perturbar o trânsito! Se eu perguntar o porque de tanta obra de uma hora pra outra fica muito obvia a resposta?

Então?
PAra que um festival de dança né?

Vcs podem colaborar com postagens de outras efemérides didáticas sobre a da cidade.
Mirtes

des-sabendo

Nós sabemos tanto, falamos tanto, lemos tanto e no entanto .......(você pode completar)

Ao pensar no workshop que compusesse a programação do Festival Visões Urbanas considerei que para realizarmos composições para a rua tinhamos que ouvir o maior interessado, ou seja, a rua. Mas como já dizia Milton Santos o espaço urbano é feito de fixos (arquitetura) e fluxos (pessoas). Então ouvir a rua significa também ouvir as pessoas que por lá transitam.
Ouvir com o ouvido, com os olhos e com o corpo.
Assim vc poderá ouvir algumas questões que estão sendo levantadas.

Mas estamos repletos de saberes, dizeres e pensares. Como ouvir alguma coisa assim tão sabios que somos?

Não será melhor silenciar? Por que não nos arriscarmos a ficarmos quietos?
Com a Cia Artesãos do Corpo muitas vezes iniciamos nossos trabalhos assim. E é muito dificil.
A rua vai perceber nossa presença. Vamos ver como.

Assim, sem ser obrigado a saber nada, mostrar nada, chegar a nenhuma conclusão.

Mirtes Calheiros

sexta-feira, 19 de março de 2010

Workshop de dança-teatro em paisagens urbanas


O Workshop dança-teatro 360 graus convida àqueles que gostam de aventuras a participar de 3 encontros no Pateo do Collégio para descobrimos as maravilhas de ficar parados na cidade, com o único compromisso de não fazer nada.
É isso mesmo. Não fazer nada!
10 pessoas experimentarão as dinâmicas desenvolvidas pela Cia Artesãos do Corpo em espaços não convencionais: ouvir a rua, observar os caminhos do vento, das nuvens, as rachaduras do chão que contam histórias, as frases entercortadas que as pessoas depositam no espaço. Recolher sensações no corpo e quem sabe surja daí algum movimento, frase, interação. Talvez surja....
Venham livres: não temos lugar para guardar bolsas. As roupas são as que possibilitem movimentos, do corpo e do vento. Lápis e papel podem ser bem vindos.
Dias 08-09 e 10 de abril, das 10h ao meio dia no Pateo do Collégio.
Enviem carta de intenção para contato@ciaartesaosdocorpo.art.br até dia 31 de março.
Espero por vocês
Abraços
Mirtes

sexta-feira, 12 de março de 2010

A PROGRAMAÇÃO


A programação da 5a edição do festival Visões Urbanas tras para cidade de São Paulo trabalhos criados especialmente para espaços públicos e paisagens urbanas e que serão apresentados no Pateo do Colégio nos períodos da manhã e tarde dos dias 14 a 17 de abril.

Esperamos que mais uma vez a cidade seja questionada, percebida, sentida através dos artistas que lá se apresentarão.

E que se faça a festa.

Uma festa de improviso, em que as pessoas vão passando, ficando, olhando e comentando. Depois seguem seus rumos. Mas levam em seus olhos algo extraordinário.

algo que não está relacionado a violência, ao descaso e muito mesmo ao cinza.

As crianças podem vir. Tem OBJETOS VOADORES (Beau de L'air) que farão com que olhemos para o céu. tem gente guerreira que dança SOBRE RODAS e sobre "falsos pés" PSEUDÓPODOS e acreditem - eles vêm de longe: de Macaé, Rio de Janeiro e de Lisboa, Portugal. Tanto mar.

Tem mais gente vindo de longe. O festival começa com EVO, que vai inverter o tempo e convidar à meditação e à contemplação. Nada melhor em se tratando de um espaço como o Pateo do Collegio.

Ter artistas de Alagoas, o Jorge Schutze, que continua com a sua pesquisa de dança na rua e apresentará DESPACHO. Ver artistas da Bélgica, a turma da Irene K. que trará ao Pateo uma instalação construida com fios para falar de dentro e fora. INSIDE-TIME/OUTSIDE-SPACE.

Mas tem também os paulistanos do Grua que embarcam no espírito da cidade com CORPOS DE PASSAGEM, da batalhadora Silvana Abreu que rasgará o espaço com seu RISCO DE VIDA e a Virtual Cia de Dança com uma instalação audio visual - CORPOUVIDO. E paulistano também sabe dançar tango e os acordes de LA CUMPARSITA e os passos de Margareth Kardosh e Victor Costa preencherão o espaço do Pateo. Teremos ainda os artistas do Uruguai e Espanha através da apresentação do Projecto La Casa com "U" ou uma paisagem a se contemplar; ENTOMO com os bailarinos da EA&AE e POR FAVOR NO MI ENTIDENDAS MAL com a Provisional Danza.

A programação paralela terá a exposição fotográfica VISÕES URBANAS que reune fotos de Fabio Pazzini clicadas a partir dos trabalhos realizados para espaços urbanos da Cia. Artesãos do Corpo. O workshop de DANÇA TEATRO EM PAISAGENS URBANAS com Mirtes Calheiros, aula de tango na Praça Buenos Aires - TANGO NA RUA - com a dupla Victor Costa e Margareth Kardosh, palestra com os coreógrafos Ana Rita Barata (Portugal) e Paulo Azevedo (Macaé-RJ) que falarão de dança inclusiva e para encerrar o festival a I VIDEODANÇA SP no Instituto Goethe SP.

Esperamos que esses momentos sejam intensos e dêem um pouco mais de sentidos às nossas vidas.



Mirtes Calheiros


Detalhes da programação:

programação paralela:

de 08 a 10 de abril das 10h as 12h - Pateo do Collégio
workshop gratuito: Dança-Teatro em Paisagens Urbanas por Mirtes Calheiros

de 14 a 17 de abril - Caixa Cultural SÉ
exposição fotográfica: Visões Urbanas imagens do repertório da Cia Artesãos do Corpo em Paisagens Urbanas, fotos Fabio Pazzini.

dia 15 de abril das 15h às 16:30h - Parque Buenos Aires
workshop gratuito: Tango na Rua por margareth Kardosh e Victor Costa

dia 16 de abril das 15h às 16:30h - Jardim Interno do Pateo do Collegio
palestra gratuita: Dança Inclusiva - Ana Rita Barata e Paulo Azevedo, mediação: Ederson Lopes

dia 17 de abril a partir das 18h - Instituto Goethe em São Paulo
mostra de videodança gratuita: I Videodança SP

espetáculos:
dia 14/04
10h: EVO - B.K. Cie (Alemanha)
11h: "U' - Projecto La Casa (Uruguai)
13h: CORPOUVIDO - Virtual Cia de Dança (São José do Rio Preto-SP)
14h: BEAU DE L'AIR - Objetos Voadores/Ana Gastelois (Belo Horizonte - MG)

Dia 15/04
10h: PSEUDÓPODOS - D.I. Cia de Dança (Macaé-RJ)
10:30h: RISCO DE VIDA - Cia. Silvana Abreu (São Paulo-SP)
13h: LA CUMPARSITA - Margareth Kardosh e Victor Costa (São Paulo - SP)
13:30h: ENTOMO - EA&AE (Espanha)

dia 16/04
10h: DESPACHO - Cia. Ltda (Maceió - AL)
10:30h: POR FAVOR O MI ENTIENDAS MAL (Espanha)
13h: CORPO DE PASSAGEM - Grua (São Paulo - SP)

dia 17/04
10h: INSIDE TIME/OUTSIDE-SPACE - Cie. Irene K (Bélgica)
11h: SOBRE RODAS - Cia Integrada Multidisciplinar CIM (Portugal)

quarta-feira, 10 de março de 2010

solos consagrados


O Festival Visões Urbanas, caminhando para sua quinta edição já dá mostras concretas de seu alcance em termos artisticos e da conquista de novas parcerias e da possibilidade de continuidade pela disposição que esses mesmos parceiros já demonstram para 2011.
Como é de nosso estilo (diretores do festival) parceiros para nós significa o estreitar de laços duradouros combinados em conversas sem pressa em que falamos de arte, da vida e da cidade. Nesse caminho encontramos pessoas que estão lutando para preservar espaços e instituições em que a arte possa acontecer com dignidade.
Um deles, Pde Contieri do Pateo do Collégio, luta para não banalizar um lugar que em sua história colecionou várias rupturas e hoje é referência na cidade tão carente de cuidados com sua história. Conversar com Pde Contieri nas dependências do Páteo é aprender sobre estratégias de defesa daquilo em que se acredita.
É o segundo ano em que vamos colocar a arte naquele solo que já sofreu tantas transformações e em que muitos passam apressados sem lembrar que ali nascia a cidade de São Paulo. Parar ali por uns momentos e olhar de verdade o entorno, nos leva a experimentar outros tempos. Em Roma, ou melhor no imenso páteo que recebe os visitantes no Vaticano, há um local em que se vc se posicionar e olhar o céu o percebe como abóboda, quase uma experiência próxima a um efeito especial. A comparação talvez não proceda, mas o que quero dizer é que permanecer num local que possui uma história significativa proporciona uma experiência extra cotidiana e é isso que o Festival Visões Urbanas convida os passantes a fazê-lo.
Em outras edições e mesmo nas apresentações da Cia Artesãos do Corpo, tenho visto as pessoas se distrairem olhando o que a companhia está fazendo e o entorno. Olham o céu, as coisas que estão acontecendo em volta. Depois nos dizem que ficaram mais descansadas com essa experiência.
E aí temos uma cidade mais humanizada através da arte.
Estamos em contagem regressiva.
Os grupos estão a postos, com passagens marcadas e a equipe do festival Visões Urbanas já está trabalhando para que todos sejam recebidos com conforto, segurança e que gostem de nossa louca cidade.
E você que está lendo ? Como vai colaborar para que esta festa sobreviva?
Vindo para o Páteo do Collegio de 14 à 17 de abril assitir aos grupos que tanto esforços estão fazendo para aqui mostrarem seus trabalhos.
Bom dia à todos.
Mirtes Calheiros

terça-feira, 9 de março de 2010

V Visões Urbanas - Boas vindas


O Visões Urbanas - festival internacional de dança em paisagens urbanas, volta à cidade de São Paulo, com sua quinta edição, para mais uma vez colocar a arte e a dança em contato direto com o público.


Com uma programação 100% gratuita, composta por criações diversificadas e realizadas especialmente para o meio urbano, o Pateo do Collegio será o cenário de muita poesia, sons, movimentos e surpresas, provando novamente que a arte nos ajuda a superar muitos obstáculos e preconceitos.


E não é disso que precisamos nessa nova/velha realidade?


Mirtes Calheiros (diretora artística do Festival Visões Urbanas)